É comum esquecer onde deixamos as chaves, o nome de alguém ou o motivo de termos entrado em um cômodo.
Mas, para muitas pessoas, esses lapsos de memória começam a se tornar frequentes — e trazem a dúvida:
“Isso é normal ou pode ser sinal de algo mais sério?”

O esquecimento pode ter diversas causas, desde fatores do dia a dia até condições neurológicas que exigem investigação.

Esquecimento do dia a dia: o cérebro sob pressão

Vivemos um ritmo acelerado, com excesso de estímulos, múltiplas tarefas e pouco descanso.
O cérebro, assim como o corpo, precisa de pausas para funcionar bem.
Quando estamos sob estresse, sono irregular, ansiedade ou fadiga, a atenção e a consolidação da memória ficam comprometidas.

Nesses casos, o esquecimento não é sinal de doença — é um sinal de sobrecarga.

Dica: manter boa higiene do sono, reduzir o uso de telas à noite e organizar a rotina ajudam a melhorar a concentração e a memória.

Quando o esquecimento merece avaliação neurológica

Em algumas situações, o esquecimento pode ser um sintoma inicial de disfunção cerebral.
Os sinais de alerta incluem:

  • Esquecer conversas ou compromissos importantes com frequência;

  • Repetir as mesmas perguntas ou histórias;

  • Dificuldade para aprender informações novas;

  • Desorientação em locais conhecidos;

  • Trocar palavras ou nomes de maneira recorrente;

  • Alterações de comportamento, humor ou desempenho no trabalho.

Esses sintomas merecem investigação neurológica — principalmente quando interferem nas atividades cotidianas ou preocupam familiares.

 Possíveis causas médicas

O esquecimento pode estar associado a diversas condições, como:

  • Distúrbios do sono (insônia, apneia);

  • Ansiedade e depressão;

  • Déficit de atenção em adultos (TDAH);

  • Uso de medicações ou álcool;

  • Deficiências nutricionais e hormonais;

  • Doenças neurológicas, como comprometimento cognitivo leve ou demência.

O papel do neurologista é diferenciar o esquecimento benigno do patológico — e, quando necessário, indicar exames e tratamento direcionado.

 O que fazer

Se o esquecimento tem atrapalhado seu trabalho, estudos ou relações pessoais, procure uma avaliação médica.
Muitas causas de perda de memória têm tratamento e reversão, principalmente quando identificadas precocemente.

Cuidar do cérebro é investir em qualidade de vida — e o primeiro passo é não ignorar os sinais.