Esquecimento: quando é normal e quando merece atenção
23 outubro, 2025
É comum esquecer onde deixamos as chaves, o nome de alguém ou o motivo de termos entrado em um cômodo.
Mas, para muitas pessoas, esses lapsos de memória começam a se tornar frequentes — e trazem a dúvida:
“Isso é normal ou pode ser sinal de algo mais sério?”
O esquecimento pode ter diversas causas, desde fatores do dia a dia até condições neurológicas que exigem investigação.
Esquecimento do dia a dia: o cérebro sob pressão
Vivemos um ritmo acelerado, com excesso de estímulos, múltiplas tarefas e pouco descanso.
O cérebro, assim como o corpo, precisa de pausas para funcionar bem.
Quando estamos sob estresse, sono irregular, ansiedade ou fadiga, a atenção e a consolidação da memória ficam comprometidas.
Nesses casos, o esquecimento não é sinal de doença — é um sinal de sobrecarga.
Dica: manter boa higiene do sono, reduzir o uso de telas à noite e organizar a rotina ajudam a melhorar a concentração e a memória.
Quando o esquecimento merece avaliação neurológica
Em algumas situações, o esquecimento pode ser um sintoma inicial de disfunção cerebral.
Os sinais de alerta incluem:
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Esquecer conversas ou compromissos importantes com frequência;
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Repetir as mesmas perguntas ou histórias;
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Dificuldade para aprender informações novas;
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Desorientação em locais conhecidos;
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Trocar palavras ou nomes de maneira recorrente;
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Alterações de comportamento, humor ou desempenho no trabalho.
Esses sintomas merecem investigação neurológica — principalmente quando interferem nas atividades cotidianas ou preocupam familiares.
Possíveis causas médicas
O esquecimento pode estar associado a diversas condições, como:
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Distúrbios do sono (insônia, apneia);
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Ansiedade e depressão;
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Déficit de atenção em adultos (TDAH);
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Uso de medicações ou álcool;
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Deficiências nutricionais e hormonais;
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Doenças neurológicas, como comprometimento cognitivo leve ou demência.
O papel do neurologista é diferenciar o esquecimento benigno do patológico — e, quando necessário, indicar exames e tratamento direcionado.
O que fazer
Se o esquecimento tem atrapalhado seu trabalho, estudos ou relações pessoais, procure uma avaliação médica.
Muitas causas de perda de memória têm tratamento e reversão, principalmente quando identificadas precocemente.
Cuidar do cérebro é investir em qualidade de vida — e o primeiro passo é não ignorar os sinais.